18.09.2010, 12:57
Oh chimera, que passas embalada
Na onda de meus sonhos dolorosos,
E roças co'os vestidos vaporosos
A minha fronte pálida e cançada!
Leva-te o ar da noite socegada...
Pergunto em vão, com olhos anciosos,
Que nome é que te dão os venturosos
No teu paiz, misteriosa fada!
Mas que destino o meu! e que luz baça
A d'esta aurora, igual á do sol posto,
Quando só nuvem lívida esvoaça!
Que nem a noite uma ilusão consinta!
Que só de longe e em sonhos te presinta...
E nem em sonhos possa ver-te o rosto!
Na onda de meus sonhos dolorosos,
E roças co'os vestidos vaporosos
A minha fronte pálida e cançada!
Leva-te o ar da noite socegada...
Pergunto em vão, com olhos anciosos,
Que nome é que te dão os venturosos
No teu paiz, misteriosa fada!
Mas que destino o meu! e que luz baça
A d'esta aurora, igual á do sol posto,
Quando só nuvem lívida esvoaça!
Que nem a noite uma ilusão consinta!
Que só de longe e em sonhos te presinta...
E nem em sonhos possa ver-te o rosto!